segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

TRABALHANDO O PERDÃO



(Por Fernando Vieira Filho*)

Muitos amigos e pacientes que estão fazendo a Terapia do Perdão (1), me ligam dizendo que têm notado que a pessoa (o ofensor) para quem estão “exercitando” o perdão, durante o período da terapia (21 dias), fica incomodada, irritada, passa a tratá-los mal, tentam “alfinetá-los” etc.

Digo a eles que é uma reação normal do ofensor. E isto ocorre porque a linguagem “subliminar” ou não verbal, que flui entre o magoado e o ofensor, faz com que, de forma absolutamente inconsciente, o ofensor ou abusador sinta que o poder e importância que ele exerce sobre a pessoa que magoou começa a “escoar pelas suas mãos”. E pensa consigo mesmo: “Fulano(a) está deixando de ser bobo(a), está me pondo de lado...”  

Isto ocorre porque quando somos magoados ou ofendidos por alguém que amamos muito  damos ao ofensor um poder, uma importância desproporcional em nossa vida.  E o processo do perdão é exatamente tomarmos a atitude de “jogar” o nosso ofensor não no esquecimento (porque não tem como), mas na“desimportância” de nossa vida.

Portanto, no processo do perdão, há que se ter muita paciência, disciplina e sangue-frio,  pois é uma via em que os dois egos, tanto o do ofendido quanto o do ofensor, “trafegam” em mão-dupla.


(1)     Ver página 51 do livro CURE SUAS MÁGOAS E SEJA FELIZ! – Barany Editora -  2012.

  *Fernando Vieira Filho / Psicoterapeuta / Palestrante 
e autor do livro - Cure suas Mágoas e Seja Feliz!                                                                       (55 34)  3077-2721  (Uberaba)

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

NUNCA É TARDE PARA RELEMBRAR



                                                                            Por Miguel Pereira

Analisando a história da Evolução Humana, podemos concluir que ninguém substitui alguém nas tarefas dos grandes missionários.
Do mesmo modo, Chico Xavier não precisa de sucessores, nem de substitutos, para que as suas obras sejam reconhecidas,  hoje como no futuro...
Mas se alguém surgir como candidato a substituí-lo, deverá apresentar em seu “currículo”:
·         Extrema bondade no coração.
·         Capacidade de amar os inimigos.
·         Preparo “físico” para trabalhar 22 horas por dia em favor do Bem.
·         Esquecer de si mesmo, a favor do próximo, em tempo integral.
·         Ser um fiel seguidor de Allan Kardec.
Além de toda bondade para com o próximo, terá que realizar algumas tarefas não muito simples...
Ser capaz de engolir uma barata que surgisse na sopa, para evitar constranger o amigo que a ofereceu.
Chico Xavier engoliu...
Lamber uma ferida que alguém julgou pudesse curar o enfermo.
Chico Xavier lambeu...
Suportar calúnias e perdoar o caluniador.
Chico Xavier perdoou...
Num encontro fraternal, colocar no colo um cão todo enlameado, que o público chutasse, tentando livrar-se dele.
Chico Xavier fez isto...
Realizar o Culto do Evangelho no Lar para prostitutas , num prostíbulo.
Chico Xavier realizou...
Viver em quase extrema pobreza e recusando-se a receber milhões de reais, em direitos autorais de 412 obras mediúnicas.
Chico Xavier assim viveu...
Enfim, poderíamos concluir dizendo o seguinte:
Se o candidato tiver capacidade de realizar todas as tarefas aqui expostas, estará demonstrando grande elevação espiritual e, nesse caso, deixará de querer substituir Chico Xavier para ser simplesmente “um servidor de Jesus”.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

HEBE CAMARGO ENTREVISTA CHICO XAVIER EM DEZEMBRO DE 1987



  Este vídeo trará a quem assistir uma bagagem de conhecimento doutrinário muito boa. Esta entrevista me leva ao ano de 1987, ano de meu casamento. O que me muitas saudades. Nesta entrevista Hebe Camargo, que tinha um programa na Band, conversa com Chico Xavier junto com a atriz Nair Belo, sobre assuntos de relevância cristã como, quando Simeão que reconheceu o mestre Jesus ainda bebê. Fala da Lei de Causa e Efeito e, explica a relação entre suicidas e deficientes físicos e mentais, em próximas encarnações e explica também, casos de usuários de tóxicos. Chico conta a emocionante e surpreendente história de Valéria. Revela que a inteligencia humana não foi capaz de eliminar o ódio criado por ela mesma, e que Deus não pode interceder diretamente nessas causas, pois Deus não criou o homem para ter o destino de um robô, mas sim para ser um cooperador inteligente do próprio Deus da criação. Fala também, sobre o rumoroso caso de Campo Grande, com o Sr.João de Deus, que foi inocentado num tribunal onde os sete jurados aceitaram como prova as cartas psicografadas da vítima que morreu por engano, onde ela informava o acontecido e inocentava seu marido. Enfim é uma entrevista histórica para todos aqueles que seguem a Doutrina Espírita.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA

Caros amigos, ao terminar a leitura do livro “Nas Fronteiras da Loucura” escrito pelo médico baiano, já desencarnado, Dr. Manoel Philomeno Batista de Miranda (1876-1942). Resolvi transcrever o prefácio desta importante obra, junto, ao texto do espírito André Luiz, intitulado “Explicações”.
Portanto desejo a todos, uma boa leitura e reflexão. Fernando Vieira Filho(1)

“É muito diáfana a linha divisória entre a sanidade e o desequilíbrio mental.
Transita-se de uma para outro lado com relativa facilidade, sem que haja, inicialmente, uma mudança expressiva no comportamento da criatura.
Ligeira excitação, alguma ocorrência depressiva, uma ansiedade, ou um momento de mágoa, a escassez de recursos financeiros, o impedimento social, a ausência de trabalho digno entre muitos outros fatores, pode levar o homem a transferir-se para outra faixa da saúde mental, alienando-se, temporariamente, e logo podendo retornar a posição regular, a de sanidade.
Problemas de ordem emocional e psicológica, mais costumeiramente conduzem a estados de distonia psíquica, não produzindo maiores danos, quando não se deixa que se enraízem ou que constituam causa de demorado trauma.
Vivendo-se numa sociedade em que as neuroses e as psicoses campeiam desenfreadas, vitimando um número cada vez maior de homens indefesos, as balizas demarcatórias dos distúrbios mentais fazem-se mais amplas.
Há, no entanto, além dos fatores que predispõem a loucura e dentre os quais situamos o carma do Espírito, nos quais se demoram incontáveis criaturas em plena fronteira, a obsessão espiritual, que as impulsiona a darem o passo adiante, arrojando-as no desfiladeiro da alienação de largo porte e de difícil recuperação...
São sexólatras, os violentos, os exagerados, os dependentes, de viciações de qualquer natureza, os pessimistas, os invejosos, os amargurados, os suspeitosos incondicionais, os ciumentos, os obsidiados, que mais facilmente transpõem os limites da saúde mental...
Não nos desejamos referir aqueles que são portadores de patogenias mais imperiosas em razão de enfermidades graves, da hereditariedade, de distúrbios glandulares e orgânicos, de traumas cranianos e de seqüelas de inúmeras doenças outras...
Queremos deter-nos nas psicopatogêneses espirituais, sejam as de natureza emocional, pelas aptidões e impulsos que procedem das reencarnações transatas, de que os enfermos não se liberam, seja pelo impositivo das obsessões infelizes, produzidas por encarnados ou por espíritos que já se despiram da indumentária carnal, permanecendo, no entanto, nos propósitos inferiores a que se aferram...
A obsessão é uma fronteira perigosa para a loucura irreversível.
Sutil e transparente, a princípio, agravam-se em razão da tendência negativa com que a agasalha o infrator dos soberanos Códigos da Vida.
Dando gênese a enfermidades várias, inicialmente imaginarias que recebe por via telepática, pode transformar-se em males orgânicos de conseqüências insuspeitadas, ao talante do agente perseguidor que induz a vítima que o hospeda, a situações lamentáveis.
Comportamentos que se modificam, assumindo posições e atitudes estranhas, mórbidas, exprimem constrição de mentes obsessoras sobre aqueles que se lhes submetem, mergulhando em fosso de sombras e de penoso transito...
Há muito mais obsessão, grassando na Terra, do que imagina e se crê.
Mundo este que é de intercâmbio mental, vivo e pulsante, cada ser sintoniza com outro equivalente, prevalecendo, por enquanto, os teores mais pesados de vibrações negativas, que perturbam gravemente a economia psíquica, social e moral dos homens que nele habitam.
Não obstante, a vigilância do amor de Cristo Jesus atua positiva, laborando com eficiência, a fim de que se modifiquem os dolorosos quadros da atualidade, dando surgimento a uma fase nova de saúde e paz.
Nesse contexto, o Espiritismo – que é o mais eficaz e fácil tratado de Higiene Mental – desempenha um relevante papel, qual seja o de prevenir o homem dos males que ele gera para si mesmo e lhe cumpre evitar, como facultando-lhe os recursos para superar a problemática obsessiva, ao mesmo tempo apoiando e enriquecendo os nobres profissionais e missionários da Psicologia, da Psiquiatria, da Psicanálise...
Neste livro procuramos examinar algumas técnicas obsessivas de entidades perversas, que ainda se comprazem no mal, estimulando os sentimentos e paixões inferiores, tanto quanto alguns outros métodos e terapias desobsessivas ministradas pelos Mentores Espirituais e demais abnegados prepostos de Jesus nesta batalha do bem, da luz contra a treva.
Desfilam, nas páginas que se irão ler vidas e criaturas que encontravam nas fronteiras da loucura e que forma amparadas, reconduzidas ao equilíbrio, quanto outras que se vitimaram, oferecendo-se preciosas lições que devem ser incorporadas ao cotidiano de cada um de nós.
Sobretudo, destacamos o esforço e a dedicação dos Mensageiros do bem e da paz, na faina infatigável de ajudar, ensinando pelo exemplo a lição de fé viva e da caridade plena...”
Manoel Philomeno de Miranda, em 24/02/1982.

EXPLICAÇÃO (por André Luiz)
A desmontagem da obsessão é trabalho milenar sobre a Terra. Por isso mesmo, não se atribuí a um tarefeiro único a obrigação de erradicá-la no caminho dos homens.
Manoel Philomeno de Miranda é um batalhador que penetra no campo de serviço criando novos sistemas de trabalho e novos planos de ação para que seno extinga semelhante flagelo no mundo físico. Que a sua tarefa frutifique em benção de libertação e que o Senhor a todos nos fortaleça e nos abençoe.
André Luiz, por Chico Xavier em 15/05/1982.

Assim caro leitor, acredito que as sessões de desobessão, nas Casas Espíritas, devem ser feitas dentro do maior rigor doutrinário, evitando, no momento da sessão, estudos e comentários de obras que não sejam de Allan Kardec. Lembrando que o trabalho de desobsessão é um exercício de caridade, compaixão e desprendimento absoluto, em favor das Entidades em sofrimento, sejam elas encarnadas ou desencarnadas. No esquecendo da Terapia do Evangelho, isto é, fazer o Culto do Evangelho no Lar, todos os dias. Porque a leitura do Evangelho, assim como, de qualquer outro livro, antes do sono, “forra” o nosso subconsciente, de forma positiva ou negativa, conforme o que lemos. E ainda, é de bom alvitre lembrar, tudo aquilo, que fazemos a outrem, estamos fazendo por nós mesmos.

(1) Fernando Vieira Filho é psicoterapeuta, é especialista em Terapia com Florais de Bach e autor do livro - Cure suas Mágoas e Seja Feliz! - Barany Editora - São Paulo 2012
(55 11) 99684-0463 (São Paulo e Brasil)
(55 34)  3077-2721  (Uberaba)